O mercado imobiliário brasileiro vem passando por um crescimento histórico e muitas pessoas têm questionado por que os preços dos imóveis sobem tanto? O que em uma primeira análise pode gerar muitas dúvidas, na realidade exemplifica o bom momento que o segmento tem registrado.
Um cenário favorável de estabilidade econômica, mudanças na legislação e maior disponibilidade de crédito contribuíram para o boom do ramo imobiliário.
Novas linhas de financiamento habitacional com juros mais baixos possibilitaram o surgimento de um perfil diferenciado de consumo: o das classes C e D. Programas de incentivo do Governo Federal, principalmente, aumentaram o poder de compra desse público.
Paralelo a isso, houve também um crescimento expressivo nos empreendimentos de alto padrão. Sendo assim, com mais pessoas querendo comprar e com as boas vendas dos lançamentos das construtoras, houve, consequentemente, um aumento no preço dos imóveis.
Segundo matéria publicada em 1º de janeiro pelo jornal Estadão, o valor dos empreendimentos subiu, em média, 90% nos últimos três anos. Leia a matéria completa.
Cabe aqui uma comparação com a economia de uma forma geral. No verão, por exemplo, registra-se um aumento nos preços de ar condicionado e ventiladores. Isso acontece porque a demanda é maior, ou seja, as pessoas acabam comprando mais esses produtos e assim há uma valorização da mercadoria.
O mercado imobiliário funciona da mesma forma: com o aumento da demanda, aumenta-se também o preço. Essa é uma lei natural do mercado.
Na prática, quem dita as regras e os preços do mercado é o próprio mercado, ou seja, o comportamento do consumidor motivado por diversas variáveis econômicas, como maior acesso ao crédito imobiliário, crescimento da renda, mudanças na legislação entre outros fatores.
Além disso, o segmento de imóveis do Brasil foi considerado pela Associação de Investidores.
Estrangeiros em mercado imobiliário como o mais promissor em 2011. A tendência é que esse cenário se confirme em 2012, tendo em vista que adquirir um imóvel é um dos principais sonhos dos brasileiros, seja para morar ou investir.
E mais, a própria configuração da população brasileira tem colaborado para manter o otimismo. O número de famílias não para de crescer, o que provoca um aumento na procura por um lar e mantém o mercado aquecido.
Esse cenário de desenvolvimento ainda é incrementado pela perspectiva do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (Sinduscon). De acordo com órgão estima-se que sejam investidos cerca de R$ 150 bilhões em imóveis em 2012. Esse valor representa 30% a mais da movimentação do ano passado.
Lembrando que o mercado em 2011 registrou um desempenho de 30% maior do que 2010. Vale ressaltar que com a maior disponibilização de crédito a tendência é que mais pessoas adquiram um imóvel.
Um olhar diferente, porém, poderia me perguntar: “Mas, o Brasil corre o risco de ter uma bolha imobiliária?”. E eu responderia: no momento não vejo no mercado nacional o risco de uma bolha. Passamos por uma estagnação de mais de 20 anos no setor e o que há por aqui, na realidade, é uma atualização nos valores dos imóveis.
Quer saber mais sobre o assunto, leia também o post “Corremos o risco de uma bolha imobiliária no Brasil?”
E você, já havia refletido sobre o aumento no preço dos imóveis a partir dessa perspectiva? Compartilhe conosco a sua reflexão. Deixe seu comentário.
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A imagem utilizada em destaque no post foi retirada do site da Veja
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acredito que o maior acesso ao crédito além de contribuir para aumento da renda no brasil,contribui também para diminuir a pobreza.
Olá Antonieida, obrigado pelo envolvimento em nosso texto. Concordo que o aumento do crédito contribuiu para a diminuição da pobreza no país. Mas entendo que o mesmo deve vir acompanhado de uma educação financeira, seguido de uma avaliação de renda x crédito.
Até pouco tempo o crédito era escasso e difícil. Temos de ficar atentos ao índice de endividamento. Importante deixar claro que sou totalmente a favor da abertura e das facilidades do crédito. Apenas faço uma ponderação pela forma dessas facilidades.
Sinta-se sempre à vontade para interagir conosco. Assim fazemos num mercado cada vez mais forte.
Em 2002,éra possível comprar um imóvel em lugares nobres por R$ 60.000,00 a R$ 100.000,00, o salario mínimo em 2004 éra de R$ 240,00 ,hoje um pouco mais de R$ 600,00,enquanto isto os preços de imóveis estão custando R$ 300.000,00 ;R$ 450.000,00 ou mais,onde um assalariado vai conseguir comprar uma casa,sobrado ou apartamento,com a miséria que ganha ?,quem for casar irá construir sobre o sobrado do sogro,criando terceiros e quartos andares,aumentando ainda mais os risco de desmoronamento .querem vender ,mas cade os compradores ?
Olá Nivaldo,
Obrigado pela sua participação.
Vejo que estamos em um momento diferente. O nosso mercado evoluiu. Investiu em novas tecnologias, em qualificação, em inovação e em novas regiões que antes apresentavam poucas opções de moradia. Aumentou sua capacidade produtiva, gerou novos empregos. Em suma, o mesmo se modernizou e se adequou aos novos tempos. Sendo assim, é natural a atualização dos valores praticados, exatamente como acontece nos mais diferentes setores da economia. Esta é uma realidade comum do mercado.
Nota-se também, um equilíbrio financeiro no país, o aumento no poder aquisitivo da população, melhores condições de acesso ao crédito, além de programas de incentivo ao financiamento habitacional. Tais fatores contribuíram de maneira decisiva para aumentar o acesso da população de menor renda familiar à compra do imóvel.
Diante disso, o crescimento na oferta de empreendimentos destinados a este segmento amplia-se cada vez mais. Contudo, como em qualquer compra que exige um alto investimento, é necessário um planejamento financeiro. É este planejamento que irá potencializar a oportunidade da compra do imóvel.
Esteja à vontade para interagir conosco.
Abraços e sucesso.