Veja as estatísticas em relação à estabilização de preços de imóveis em 16 grandes cidades do País. Clique e confira! Esse conteúdo é publicado sob a licença Attribution-Noncommercial-No Derivative Works 3.0 Unported.

É positiva a informação sobre a estabilização de preços de imóveis anunciados para a venda em 16 grandes cidades do País. Positiva, é claro, não para os vendedores, mas para os compradores e para a estabilidade domercado imobiliário, no curto e no médio prazos. Segundo o índice FipeZAP, elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, o preço médio do metro quadrado subiu 3,49% no primeiro semestre, ligeiramente abaixo da inflação oficial projetada para o período.

A estabilização, em termos reais, interrompe uma longa sequência de elevações dos preços de imóveis. “A alta do metro quadrado no primeiro semestre do ano passado havia sido de 6,1% – quase o dobro do que foi observado neste ano”, notou o coordenador do índice, Eduardo Zylberstajn. Das cidades pesquisadas para a elaboração do índice, cinco registraram queda nominal nos valores pedidos (Brasília, Curitiba, Vila Velha, Santo André e São Bernardo do Campo).

Entre setembro de 2010 e janeiro de 2013, o crescimento dos preços do metro quadrado havia sido da ordem de 1,5% ao mês – porcentual três vezes superior à inflação.

No Rio, onde os imóveis são mais caros, após uma alta média mensal de 1,7% entre fevereiro de 2008 e janeiro de 2013, o porcentual caiu para 0,37% no mês passado.

A interrupção da alta de preços tem vários efeitos positivos, a começar do fato de que os compradores potenciais poderão evitar uma decisão apressada na compra da moradia própria. Assim, evitam ônus de elevado impacto, como inadimplência e perda do imóvel. E, tão ou mais importante, reduz-se o risco de bolha imobiliária, que começa com créditos mal concedidos e termina com a devolução do imóvel aos financiadores e prejuízos para mutuários e bancos.

Em São Paulo, discute-se se o novo Plano Diretor resultará na estabilização de preços, o que, se ocorrer, poderá provocar a redução dos lançamentos. O setor de construção civil, por intermédio do sindicato da habitação (Secovi), avaliou que, com as novas regras, os preços tenderiam a subir. Se de fato o Plano Diretor restringir a oferta de áreas, o que não está claro, para evitar alta do preço, o aumento do custo teria de ser compensado com uma diminuição das margens das empresas.

O melhor cenário é o que combina preços estáveis com forte oferta de imóveis. A disponibilidade de crédito asseguraria o bom ritmo de atividade do mercado imobiliário.

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Post originalmente publicado em Estadão

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