Para o nosso primeiro post escolhi um tema que tem gerado algumas desconfianças no mercado em relação à possibilidade de uma bolha imobiliária no Brasil. Essa preocupação, contudo, só teria maiores razões de existir no Brasil se o nosso desenvolvimento não fosse sustentável.
O termo bolha Imobiliária nasceu durante a crise nos Estados Unidos com a supervalorização do valor do imóvel, na qual as pessoas não conseguiam arcar com as dívidas do financiamento imobiliário.
Por lá naquela época, chegou-se a oferecer financiamento de até 100% do valor do imóvel. A população vendia e comprava um imóvel financiado sem nenhum dinheiro no bolso. Relembre o caso nessa matéria do portal G1
No Brasil, contudo, passamos por anos de estagnação no setor e ouso dizer que o que há por aqui é uma atualização nos valores dos imóveis. Além disso, temos um perfil diferenciado de compradores, que em sua maioria procuram por um imóvel para morar e não para investir.
Prova disso é o crescimento dos financiamentos. Nunca se emprestou tanto como nos dias de hoje. Porém, nosso crédito habitacional gira em torno de 70% do valor do imóvel e só é liberado após uma criteriosa análise da saúde financeira do comprador que entre outros fatores deve ter nome limpo no mercado, dispor de um sinal e ainda comprovar ter condições de arcar com o pagamento da dívida.
Diante de um cenário favorável com o fortalecimento da economia, aumento do crédito e elevado déficit habitacional que de acordo com a Pnad 2008 é de mais 5,5 milhões de moradias, cresceu também o número de compradores. Isso fez subir o preço do imóvel no Brasil, gerando essas desconfianças no mercado. Contudo, essa é uma regra comum de economia e é válida para qualquer tipo de produto e não significa dizer que estamos prestes a criar uma bolha imobiliária.
Vale lembrar que apesar das perspectivas serem positivas, principalmente com a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas que prometem movimentar ainda mais o mercado imobiliário, é necessário estar atento ao cenário econômico mundial.
É necessário analisar o mercado com cautela, procurando orientações e informações para fazer um bom negócio. Enquanto isso, podemos “surfar” nesse bom momento de nossa economia.
E você, o que pensa sobre o assunto? Devemos nos preocupar com a “Bolha imobiliária”? Quais são os indicadores que você deseja apontar? Deixe nos comentários abaixo.
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Extremamente pertinente sua colocação em relação a este assunto que tanto atormenta alguns.
Existe uma diferença importante entre os dois países. Nos EUA, em 2008, o crédito representava aproximadamente 78% do PIB, aqui no Brasil, em torno de 4%. Ou seja, 20 vezes maior. Além disso, os critérios para concessão de crédito, são bem menos rigorosos, o que permitiu muita alavancagem no setor.
Ainda temos uma demanda grande e espaço para aumento do crédito. Portanto, se a bolha acontecer, não será num curto prazo.
Abs
Olá Maristela,
Obrigado por seu feedback e por compartilhar conosco tão valorosa opinião.
Juntos somos fortes!!!