Mais da metade teve desconto entre preço anunciado e o negócio fechado. Pesquisa FipeZep entrevistou cerca de 3 mil usuários cadastrados no site. Esse conteúdo é publicado sob a licença Attribution-Noncommercial-No Derivative Works 3.0 Unported.

Metade das pessoas que estão procurando imóveis para comprar não têm preferência entre um novo ou usado, aponta pesquisa feita com mais de 3 mil usuários do site de pesquisa ZapImóveis, divulgada nesta quinta-feira (21).

“Isso mostra que essas pessoas não têm tanta pressa e vão comprar o que for um bom negócio para ela”, diz o coordenador da pesquisa Eduardo Zylberstajn. Ele aponta que a forma de pagamento tende a diferenciar os imóveis: os novos são geralmente buscados por quem não tem o dinheiro e os usados por quem têm. Assim, a falta de preferência indica planejamento e possivelmente que há dinheiro guardado para o imóvel.

A minoria das pessoas (13%) fazem questão de comprar um imóvel novo e 37% dos entrevistados preferem um apartamento usado, de acordo com o estudo.

Desconto de 6,5%
Quase 60% das pessoas que compraram imóveis no último ano e meio tiveram desconto entre o valor anunciado e o do negócio final, segundo a pesquisa do FipeZap. O valor caiu, em média 6,5%, mas em mais de 20% dos casos o desconto foi de até 5%.

O estudo “Raio X do Comprador de Imóveis” teve 3.227 respondentes, a maior parte nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Imóveis de 1 quarto para investir
A fatia das pessoas que compraram imóveis para investir caiu de 48% para 34%, do primeiro  para o segundo trumestre deste ano. Uma das razões apontadas é a queda de preços dos último oito meses, de acordo com o índice FipeZap.

“Parece que o apetite do investidor vem diminuindo”, diz Zylberstajn, apesar de a pesquisa não ter conparativo histórico.

Os imóveis mais baratos (até R$200 mil) são o principal foco de investidores, que respondem por 53% das compras deste tipo de imóvel. Já os acima de R$1 milhão foram comprados na maioria (72%) para moradia.

Entre os que já compraram imóveis, 30% querem investir, seja vender ou alugar. Os outros 70% se dividem entre os que compraram para morar com alguém (42%), para morar sozinho (10%) e para outra pessoa morar (7%).

Preços no futuro
Os compradores estão divididos em relação à expectativa sobre o preço do metro quadrado dos imóveis seja dentro de um ano ou daqui a dez. No curto prazo, 41% acham que o preço do metro quadrado vai subir. No longo prazo, 51% acham que o preço do imóvel vai subir acima da inflação.

“Isso significa que outra metade do mercado não espera grandes ganhos”, afirma Zylberstajn, que vê a divisão como um indicativo de que não há uma bolha em formação no mercado imobiliário do país. “Se entendemos que bolha é situação de expectativa de ganho lá na frente, não dá para dizer que temos isso no Brasil neste momento”, diz.

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Post originalmente publicado em G1

 

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