Nos últimos anos vimos o Brasil passar por algumas transformações políticas e sociais que fortaleceram a sua economia e contribuíram para o bem estar da população. Registramos, por exemplo, o aumento da renda média do brasileiro, especialmente da Classe C.
Esse aumento aliado ao elevado déficit habitacional no país se configurou em uma excelente oportunidade de crescimento. Esse novo consumidor contribuiu para a valorização de vários segmentos da economia, sobretudo do mercado imobiliário.
Além disso, alguns indicadores do comportamento brasileiro mostram uma nova realidade para o desenvolvimento do setor de imóveis tais como:
· Crescimento da população brasileira;
· Aumento do número de jovens entre a faixa economicamente ativa tornando-os um mercado potencial para o segmento;
· Diminuição do número de moradores por residência aliado ao desejo de independência dos brasileiros que cada vez mais cedo visam realizar o sonho da casa própria.
Vale lembrar também que o Brasil se prepara para receber a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, o que ampliará o momento favorável ao crescimento da economia brasileira, principalmente no segmento de turismo e imóveis. Nesse período o país se tornará um verdadeiro canteiro de obras, gerando mais empregos, renda e movimentação da economia.
Uma matéria publicada no Portal Terra em 1º de janeiro vem animar ainda mais essas perspectivas. O texto apresenta dados da vigésima pesquisa anual dos membros da Associação de Investidores Estrangeiros no Setor Imobiliário (Afire, na sigla em inglês) que revelam que em 2012 o Brasil se tornará o segundo lugar mais atraente para investidores estrangeiros, superando a Estados Unidos.
Conforme esses aspectos abordados e o cenário desenhado e analisado, podemos perceber que nos encontramos diante de um mercado em franco crescimento. Contudo, não podemos ficar alheios aos desafios que devem ser superados para que o segmento imobiliário continue a prosperar em 2012.
O momento da economia internacional exige uma análise cuidadosa. A Europa, por exemplo, vive um momento de instabilidade causado pelo endividamento dos países do continente, gerando reflexos nas bolsas de valores e também nos governos.
Os Estados Unidos ainda não conseguiram se recuperar da crise econômica instaurada em 2008. O país apresenta sinais de recuperação, como a diminuição da taxa de desemprego, mas a evolução ainda é lenta.
Além disso, a China, um importante parceiro comercial do Brasil, também está em alerta diante da possibilidade de desaceleração da economia. O mercado brasileiro, contudo, ainda não sentiu os reflexos dessa crise, mas é necessário estar em alerta diante dos ajustes no cenário mundial.
No ambiente interno, alguns desafios também estão postos. Entre eles a concentração das linhas de crédito. Cerca de 75% do financiamento habitacional é oferecido pela Caixa Econômica Federal e a atuação de bancos privados ainda é muito tímida. Com uma demanda crescente por imóveis, a expectativa é de que crédito imobiliário seja expandido entre as instituições financeiras.
Além disso, o Brasil ainda precisa superar os elevados índices da carga tributária. Ações pontuais têm sido feitas para driblar a inflação e estimular o consumo como a redução de impostos sobre alguns produtos, a exemplo do que aconteceu com o material de construção e alguns eletrodomésticos.
Colabora ainda para esse cenário desafiador a falta de profissionais e de mão de obra qualificada para suprir as demandas do segmento. Cabe ressaltar ainda a importância da contratação de mão de obra regularizada, isso garante mais credibilidade e segurança ao setor.
É importante estar atento a nova dinâmica do mercado que exige cada vez mais preparo, capacitação e visão holística. Se o mercado mudou, nosso comportamento como gestores, líderes e colaboradores também deve mudar. Você concorda?
Isso significa mais pesquisas, mais análises e principalmente novos estudos sobre o mercado e o seu comportamento.
E para superar esses desafios é fundamental o empenho de cada profissional do segmento de imóveis, como bem reflete o pensamento de Eduardo Galeano, “somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos.”
O crescimento do mercado depende de como o estamos enxergando. Sendo assim, planejamento, inovação, foco na prestação de um serviço diferenciado e de qualidade, qualificação profissional e a busca de um novo relacionamento com o cliente são algumas das atitudes necessárias para o desenvolvimento do setor.
Temos um cenário favorável para o desenvolvimento e precisamos também de pessoas com visão empreendedora, que saibam identificar as oportunidades do mercado em seus vários segmentos, que busquem pela inovação e que se inspirem a contribuir para um mercado cada vez mais forte.
O mundo começa a enxergar o Brasil como uma economia forte e favorável para expansão dos negócios, e nós também devemos nos provocar a mudar algumas visões e a perceber as novas oportunidades de crescimento para segmento imobiliário.
Que tal assumirmos o desafio de por meio do mercado imobiliário contribuir para fazer de 2012 o ano da economia do Brasil, a mantendo forte no cenário interno e mundial? Você topa superar esse desafio?
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Guilherme, adorei ler sua opinião sobre as perspectivas para o ano de 2012, mostra o profissional visionário que és. Concordo com tudo o que escreveu sobre o mercado imobiliário, economia brasileira e atendimento ao cliente. Mas gostaria de saber sua opinião sobre o mercado imobiliário capixaba, estamos prestes a perder boa parte dos royalties de petróleo e o incentivo do Fundape, com isso teremos menos investimentos no nosso estado do que estava planejado e esperado pelo mercado. Estou um pouco receoso, qual a sua visão sobre o 2012 no nosso estado??? Grande abraço e parabéns pelo Blog.
Olá Gustavo,
Obrigado pelo seu comentário e visita ao Blog.
A ideia/objetivo desse espaço é exatamente essa. Estimular, provocar e fortalecer os debates.
Em relação ao seu receio, entendo que seja pertinente. Falar em perda de qualquer natureza nunca é bom.
A possível extinção do FUNDAP (Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias) também poderá, numa primeira análise, desestimular os incentivos para as empresas importadoras.
Porém, de acordo com a minha visão e análise, ressalto que o país vive um bom momento em sua economia, e que o Espírito Santo é o segundo maior complexo exportador em valor e o sétimo maior importador do Brasil.
Importante deixar claro que não estou defendendo perdas ou a permanência, mas sim uma análise positiva de oportunidades que podem ser mais intensificadas.
Somos um Estado com atividade na agricultura, pecuária e serviços relacionados fortes.
Devemos ficar atentos e buscar dentro dos “ajustes” de mercados o crescimento, novos ativos e catalisar as oportunidades.
Abraços
Olá Gustavo. Foi publicada uma matéria recente sobre a economia do ES e no mesmo momento lembrei de você.
Acredito que irá ilustrar ainda mais as boas possibilidades do mercado no ES e complementar o nosso debate provocado por você.
A matéria fala que no no “último mês de 2011, a Petrobras no Espírito Santo alcançou novo recorde mensal, chegando à marca de 316.799 barris de óleo, condensado e líquido de gás natural. Esses números são ao dia”
Com esse resultado, a produção média da Companhia no estado em 2011 chegou a 283,4 mil barris/dia, volume 64,5% superior à média de 2010, que foi de 172,2 mil barris diários.
O crescimento na média anual foi impulsionado principalmente pela interligação dos poços à P-57, em operação no campo de Jubarte desde dezembro de 2010.
Leia a matéria completa: http://migre.me/7DtWj
Agora a pergunta que faço é: Estamos capacitados e qualificados para as oportunidades de mercado? Qual deverá ser o posicionamento das empresas em relação aos números apresentados? E qual deverá ser o nosso posicionamento e compromisso?
Planejamento, execução e qualificação. São algumas das palavras que temos que desenvolver intensamente.
Abraços
Guilherme primeiramente parabéns pelo Blog!
Gostaria de saber qual é a sua opinião sobre as novas tendências de mercado? por exemplo: quais seriam os tipos de aptos que os clientes mais estão focados em compra-los? seriam os de 2 quartos? os maiores de 3? quais?
Você acha que poderia surgir aptos de 2 quartos com 2 vagas de garagem? seria um diferencial pra 2012?
Se você fosse dono de uma construtora, qual seria o tipo apto que você construiria para poder ter sucesso nas suas vendas em 2012? sabendo hoje qual seria a situação do mercado e o gosto do cliente.
OLHA ESSE POST :
O diretor de economia do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), Eduardo Zaidan, aposta em uma elevação moderada dos preços, em relação aos níveis verificados nos anos anteriores.
Explica-se que os preços dos imóveis em São Paulo subiram muito nos últimos anos por conta de uma demanda reprimida que inundou o mercado. Essa forte demanda refletiu tanto a onda de estabilidade monetária pela qual o Brasil passou, com baixos índices de inflação, quanto o crescimento sustentável do País, com renda e emprego crescendo consistentemente.
No entanto, se por um lado esses fatores fizeram com que o mercado imobiliário mostrasse números “muito espetaculares”, por outro, tornando-se um dos investimentos mais rentáveis. Assim, para 2012, Zaidan espera uma demanda ainda grande, “mas não com números tão fortes “. O presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo), José Augusto Viana Neto, tem opinião semelhante à de Zaidan.
De todo modo, ambos descartam a possibilidade de retração nos preços. Os preços vão, sim, continuar subindo, mas apenas em ritmo mais reduzido. Neto, explica que estamos caminhando para uma estabilização, a hora ainda é de cnegociar, tanto a compra como a venda passa por um excelente momento.
Guilherme , acha que pode acontecer com o ES essa estabilidade em 2012? ou já está acontecendo?
ABRAÇOS , show o seu blog vou colocar no favoritos aqui.
T+
Olá Thieres,
Obrigado pela visita ao blog assim como o seu importante feedback. O objetivo desse espaço é justamente esse. Compartilhar novas ideias, provocar o novo e ter a troca de informações.
Em relação as discussões e questionamentos levantados por você, gostaria de contribuir da seguinte maneira:
Vejo o Mercado Imobiliário de uma forma geral, rumo ao amadurecimento. Passamos os últimos anos por uma grande euforia. Com o aumento do crédito muitos visualizaram o sonho da casa própria de forma muito mais “real”.
Hoje, o cliente está mais seletivo, busca se informar mais, questiona sobre os modelos e negocia. E isso é realmente muito bom. Essas atitudes provocam as construtoras a trabalharem no desenvolvimento dos empreendimentos e também na qualificação dos profissionais.
Conforme foi abordado no post, as perspectivas para o mercado em 2012 são boas.
Em relação aos perfis de lançamentos, vejo que devemos fazer análises setorizadas. Temos um país grande, com características distintas e culturas especificas. Isso sem falar de modelos econômicos com características personalizadas.
Dessa forma, devemos trabalhar com estratégias diferenciadas. Onde um dos objetivos será buscar o lançamento que realmente atenda a essa demanda, ao perfil do cliente. Daí da importância que chamo de “inteligência imobiliária.” Entender cada mercado como sendo único. E não de uma forma macro.
Para o ES especificamente, vejo um mercado em ascendência. Temos uma economia forte.
Leia mais em http://gazetaonline.globo.com/index.php?id=/redegazeta/es/index.php.
Em relação aos futuros lançamentos, depende muito da região onde será lançado e o público que você pretende atingir.
Espero ter contribuido para esclarecer os seus questionamentos.
Sinta-se sempre à vontade para compartilhar sua opinião.
Toda nossa equipe agradece.
Guilherme gostei de seus comentários a respeitos do créditos imobiliários. Concordo com sua esplanação, sobre atitudes do gestor imobiliŕio, a busca do conhecimento, uma prestação de serviços diferenciada é a marca desse novo profissional. A capacitação traz frutos, marcando uma nova era no relacionamento , cliente e gestor. Hoje o Brasil é um canteiro de obras, de norte a Sul o mercado esta aquecido, houve uma explosão, todavia os preços estão nas extratosfera, mas acho que segue esta expansão por mais dois anos. O que nos não podemos esquecer é de cobramos os investimentos na saude, responsabilidade social das empresas, não apenas o de fachada; construímos, milhares e milhares de imóveis, e vamos construir mais, todavia não podemos deixarmos de atodar uma política séria para o meio ambiente. Até quando ele resiste ? Acho que é hora de cobrarmos atitude nessas àreas, não acha? As vezes acho que o governo deveria fazer como a China e construir cidades, só que menores e no entorno da metropoles regionais, com isso, teríamos um novo planejamentos, desfogando os grandes centros.
Excelente comentário, Luiz Carlos. Sem dúvidas, necessitamos de mais e maiores investimentos na área da saúde, além de uma conscientização “verde” sustentável. Que ao mer ver tem a educação como base. E isso não depende apenas do governo. A família também é responsável. Afinal, ela é a primeira instituição social que fazemos parte com normas e regras. Todas essas transformações dependem únicamente de nós mesmos. Diante desse cenário fica a seguinte pergunta: Estamos fazendo nossa parte? Estamos inseridos nesse processo?
Educação, meio ambiente. Palavras que devem deixar de ser tratadas como bases filosóficas e terem uma “veia” social real e de cunho essencial de bem estar.
Agradecemos sua visita e comentário. Atitudes como a sua fortalecem o compromisso de toda equipe.
Acreditamos que a reflexão é a base da mudança. E é isso que tentamos aqui. Que os nossos textos provoquem momentos de reflexão.