A vida corrida e agitada das pessoas nos tempos atuais fez o mercado imobiliário criar um novo nicho entre os empreendimentos a serem lançados: os imóveis multiuso.
Com o conceito de mix, estes complexos imobiliários combinam diversos usos em um único espaço, como moradia, lazer, trabalho e compras.
Esse estilo já está em prática em grandes cidades do mundo, como Nova Iorque, Londres e Tóquio. Porém, no Brasil, além das grandes capitais, começa a ganhar espaço em alguns municípios menores que contam com alto potencial de crescimento.
Foi o que fez o fundo imobiliário Global Equity Properties (GEP), que investiu em lançamentos nesse sentido nas cidades de Itaboraí, Campos e Macaé, todas no Rio de Janeiro, além de Serra, no Espírito Santo.
“Os projetos multiuso têm grandes benefícios para o consumidor. Destaco a praticidade [de fazer tudo no mesmo lugar], qualidade de vida e segurança que esses complexos oferecem. Já para o empreendedor, aumenta o fluxo de consumidores, a diversificação do público-alvo, além de valorização imobiliária”, analisa Luiz Franca, diretor de incorporações do GEP.
O mais avançado entre os lançamentos do fundo, em Itaboraí, conta com um edifício comercial, um hotel e dois flats, além de lojas e área de lazer, e com um valor geral de vendas de R$ 137 milhões.
Localizado a 45 km da capital fluminense, o local terá 680 unidades distribuídas em quatro torres, além de piscina, sauna, restaurante, fitness, sala de convenção com 154 lugares e um estacionamento rotativo com 255 vagas.
“A ideia é criar microCENTROs em grandes CENTROs. Temos casos de imóveis multiuso que mudaram toda a rotina de um bairro”, lembra Carlos Eduardo, superintendente de incorporação da Brookfield Incorporações.
O especialista afirma que um complexo com este perfil não interfere no preço do metro quadrado das torres construídas apenas com um segmento. Mas pondera ao apontar que a construção não atende o gosto de todos os públicos.
“A maioria das pessoas que procura um lugar assim é jovem, que ainda não constituiu família. São profissionais liberais e diferentes daquele público mais velho, com filhos, que buscam sossego. Isso porque, em imóveis multiuso, o volume diário de circulação de pessoas no local chega a aumentar seis vezes”, completa.
Já Flávio Szwarcman, diretor da MDL Realty, acrescenta ainda que este perfil de empreendimentos ainda atrai mais investidores que os prédios comuns.
“Há a oportunidade de o investidor diversificar o risco e surfar em uma oportunidade que tem grandes chances de crescer. O retorno sobre o investimento pode, por exemplo, chegar a 1,5% ao mês, muito acima de uma aplicação de renda fixa. É um mercado ainda não explorado”, finaliza.
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Excelente abordagem sobre “Imóveis Multiuso”
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