O entrevistado deve ser honesto com o recrutador

São Paulo – A pergunta típica de entrevista de emprego pode parecer complicada e muito abrangente, mas quando um recrutador questiona o que te dá brilho nos olhos ou algo parecido sua verdadeira pretensão é compreender o que motiva o entrevistado e o que ele ainda quer conquistar.

“Eu quero entender o que o candidato busca e valoriza para avaliar se ele tem o perfil corporativo da empresa do meu cliente”, explica o especialista em recrutamento Rodrigo Forte, da EXEC.

Por isso, Forte ressalta que não há uma resposta certa para esse tipo de pergunta: o candidato tem de ser o mais honesto possível.

Algumas respostas que podem parecer mais arriscadas, para Forte, devem ser ditas, sim, se forem verdadeiras. Por exemplo, se o que te der mais brilho nos olhos for ficar com a sua família, essa é a resposta certa para você.

“Há empresas que valorizam esse perfil em um profissional. Outras procuram alguém que esteja disponível para trabalhar 12 horas por dia”, explica Forte. Para ele, honestidade é essencial justamente porque alguém que valoriza a família não vai querer ficar em uma empresa que exige dedicação integral do funcionário.

O especialista Eduardo de Paula Santos, da Ascend, concorda que o ideal é ser honesto para o recrutador conseguir perceber se o entrevistado realmente se encaixa na vaga. Santos, porém, é mais pragmático: “Claro que se eu pergunto o que dá brilho nos olhos da pessoa e ele me responde algo extremamente pessoal como ‘tocar violão’, por exemplo, eu vou me questionar se esse é o candidato ideal para essa vaga corporativa”, decreta.

Para Santos, apesar de não haver necessariamente uma resposta certa para uma pergunta sobre motivação, algumas falas agradam mais. “Uma resposta clara que traga benefícios para a empresa, algo como ‘fazer novos negócios me dá brilho nos olhos’, é uma resposta bastante positiva”, explica.

Uma dica do recrutador é responder a essa pergunta contando uma situação em que você tenha feito a diferença no ambiente de trabalho e se orgulhe disso.

Apesar de terem visões distintas, os dois especialistas concordam em uma coisa: o candidato não pode ir contra o padrão geral das empresas atuais. “Nenhuma empresa quer ouvir que o que dá brilho nos olhos no candidato é ganhar muito dinheiro trabalhando pouco”, diz Rodrigo Forte.

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