“Os imóveis que as construtoras estavam mantendo na casa dos R$ 500 mil poderão ir para R$ 530 mil e o comprador não vai chiar”, diz o advogado de direito imobiliário Marcelo Tapai.

Octavio Lazari Junior, da Abecip (Associação Brasileira de Crédito Imobiliário e Poupança), discorda: “Essa possibilidade [de aumentar o preço] é praticamente nula. Um resolve aumentar o preço e outro no mesmo bairro não faz isso, daí aquele vai demorar mais a vender”.

Para Alessandro Vedrossi, diretor de incorporação e negócios da incorporadora Brookfield, a medida deverá se refletir em maior velocidade de vendas dos imóveis, sem exercer pressão inflacionária.

Já Vitor Marques, gerente da construtora Marques, diz que poderá haver alta no preço dos imóveis que custavam quase R$ 500 mil e estavam com metro quadrado abaixo do que o de determinada região justamente para manter o enquadramento no SFH.

Por outro lado, segundo ele, é possível que fique mais difícil uma elevação no preço dos apartamentos de R$ 750 mil, que perderiam o chamariz de permitirem o uso do FGTS.

Sobre a elevação para R$ 650 mil em parte do país, Fabio Villas Bôas, diretor da construtora Tecnisa, diz que é uma elevação menor do que o mercado pediu, “mas é um ganho”.

 

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Post originalmente publicado em Folha de São Paulo.

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