Estamos vivendo em uma década de grandes mudanças no país. Vários setores da economia estão em pleno desenvolvimento como as áreas do petróleo, do agronegócio e também o mercado imobiliário – que passa pelo seu melhor momento.
Porém, a falta de planejamento para um crescimento sustentável tem ocasionado um apagão de mão de obra qualificada não só para o setor imobiliário, mas também para vários outros nichos do mercado. O que era para ser um resultado esperado de um processo de formação, ou seja, um profissional capacitado, tem se tornado um diferencial. E a pergunta que fica é: o que podemos fazer para evitar que esses apagões aconteçam? Você tem alguma sugestão?
Destaco a importância de mais investimentos na educação e da conscientização das pessoas para a necessidade de se aprimorarem cada vez mais. Profissionais especializados têm remunerações melhores, mais qualidade no processo e maior comprometimento com a execução dos trabalhos.
Na construção civil, por exemplo, a grande oferta de empregos e a busca por melhores oportunidades financeiras têm atraído profissionais de diferentes áreas de atuação. Contudo, a falta de um planejamento consistente e a escassez de mão de obra fazem com que pessoas que nunca trabalharam como pedreiros e mestres de obras, entre outros cargos, sejam contratadas. E as consequências disso, muitas vezes, são obras mal feitas.
Uma pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas aponta que somente 17,8% dos trabalhadores ocupados na construção civil do Rio de Janeiro frequentaram curso de educação profissional. A pesquisa foi divulgada em abril deste ano e essa realidade pode ser estendida para todo o país, o que demonstra que ainda temos muito a avançar no setor. Saiba +
Poucas empresas despertaram para a importância da capacitação de seu quadro de funcionários e implantaram centros técnicos de formação. Infelizmente, ainda há uma cultura de achar que os gastos com educação são apenas despesas. Não se pensa nessa ação como um investimento em longo prazo.
Um profissional mais bem preparado pode garantir a redução dos custos de uma obra, por exemplo, evitando o desperdício de materiais e a necessidade de refazer determinados serviços que não ficaram bem acabados. E o mais importante, um serviço de qualidade irá satisfazer e fidelizar os clientes.
Até há pouco tempo se reclamava da falta de investimento no setor, mas hoje essa realidade mudou. As oportunidades aparecem para aqueles que se planejam, que trabalham com a prevenção e que sabem ler tendências, conforme já refleti no post Planejamento ou sorte?. Só quem é especializado consegue entender as “mensagens” emitidas indiretamente pelo mercado. É necessária uma visão mais holística da realidade.
E um dos grandes desafios nesse cenário é saber como identificar e reter os talentos dentro do mercado imobiliário. O setor ainda emprega poucos jovens e mulheres, exatamente o segmento que tem maior nível de escolaridade entre a população.
Além disso, os profissionais que se destacam estão cada vez mais disputados. Mantê-los na empresa torna-se um grande desafio também, pois as ofertas por salários mais altos são grandes diferenciais para assegurar a sua permanência em uma equipe.
Uma possibilidade seria trazer para o campo imobiliário um esquema parecido com o que é utilizado pelos times de futebol, que iniciam um trabalho de capacitação das suas bases com centros técnicos de formação para os jovens – lapidando e preparando desde cedo os seus futuros talentos. Então, porque não investir em projetos de capacitação para formar novos profissionais do mercado imobiliário? Formação essa que não pode ser apenas para os cargos de pedreiros e carpinteiros, mas também de engenheiros, corretores e outras áreas importantes para o crescimento do segmento. #ficadica!
O fato é que existe um apagão de mão de obra qualificada, além da falta de investimento em formação por parte das empresas. Porém, o que no momento parece ser um obstáculo pode se transformar em uma oportunidade para quem quer se destacar no mercado de trabalho. Para isso, é necessário ter planejamento e comprometimento. Hoje já existem pessoas que estão buscando novas alternativas para alcançar um melhor posicionamento no mercado.
Acompanhe essa história veiculada no Fantástico e inspire-se.
E você, o que tem feito para buscar por um diferencial no mercado? Comente, participe!
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Concordo que hoje em dia falta mao de obra, porém se a empresa for o inteligente, vai entender que é muito mais barato e facil trazer um jovem estudante, treinar, desenvolver e efetiva-lo do que contratar uma destas empresas de head hunter. Porém na minha opinião não é só necessário isto, a empresa tem que investir na sua imagem internamente e externamente. De nada adianta ter bom processo de formação de profissional e depois perder o talento. Você precisa ter uma empresa que é desejada, uma empresa que os que estao dentro não queiram sair e ainda fazem o mkt boca a boca e os que estao fora querem entrar, seja pq você tem um bom ambiente, boa remuneração e benefícios ou uma oportunidade de crescimento, tenho visto muito isso acontecer hoje em dia e dar certo, acho q formar em casa e investir na imagem da empresa é o caminho!
Olá Marcelo, obrigado por sua participação. A intenção é realmente criar um espaço no qual possamos debater e buscar sempre mais pela inovação e crescimento do mercado imobiliário.
Seu comentário é muito pertinente e vem somar ao que refletimos no post. A empresa tem que passar para os seus colaboradores o sentimento de amor e paixão, isso auxilia até mesmo na questão referente à retenção dos talentos.
Além disso, vale ressaltar que a valorização do profissional é de suma importância para que a cada dia mais essa percepção de amor pelo que se faz se concretize na prática. A retenção de talentos está muito ligada à valorização e a capacitação.
Quando a empresa investe em um centro técnico interno de formação, conforme o exemplo do futebol, aliado à valorização do profissional as chances de reter esses talentos e desses se apaixonarem pela empresa são muito maiores.
Até a próxima.