1. Fui alfabetizado no Sesc e minha primeira professora chamava-se tia Pimenta. Estudei também em escola pública e tive a oportunidade de conhecer a realidade de ensino de dois mundos bem diferentes.
2. O esporte está intimamente ligado à minha vida. Já fui campeão estadual de squash. Malho regularmente e sempre que posso aproveito para surfar.
3. Nunca fui um excelente aluno e era da turma do fundão. Desde cedo aprendi a focar aquilo que era importante a fim de extrair o que havia de melhor em cada situação, assim como fazia nas aulas. Por isso, nunca fiquei reprovado.
4. Comecei a me encantar pelo mundo das vendas ainda muito novo. Aos 13 anos, saía da escola e ia trabalhar com meu pai. Ele tinha uma pequena empresa de terraplanagem, onde comprava tratores usados, reformava e os revendia a preços competitivos. Minhas primeiras lições de empreendedorismo foram nesta época.
5. Saí de casa aos 17 anos por condições familiares desfavoráveis.
6. Durante uma semana dormi no calçadão da praia, até a minha tia Alice me encontrar, mas não voltei para a casa dos meus pais. Tive que recomeçar do zero.
7. Foi minha tia Alice que conseguiu para mim o meu primeiro trabalho remunerado, um estágio na Controladoria do Tribunal de Contas do Espírito Santo. Era responsável por datilografar (sim, naquela época era a máquina de escrever) os relatórios dos inspetores do Tribunal.
8. A obstinação pela perfeição me acompanha desde muito novo. Por isso, chegava cedo e saía depois de todos os estagiários. Ficava treinando na máquina de escrever, na busca pela agilidade e pela redução dos erros, pois só quem trabalhou com a “bendita máquina” sabe o quanto era complicado cometer um erro, mesmo que pequeno. Esta atitude me fez um dos estagiários mais requisitados pelos inspetores.
9. Prestei vestibular na Federal do Espírito Santo, mas não passei. A frustração foi enorme, pois precisava estudar para continuar no estágio no Tribunal. Meu mundo desabou, mas aprendi que podemos ocupar dois papéis diante dos obstáculos: o de coitadinho ou o de quem reage e não se deixa abater. Ser um “coitadinho” nunca foi um papel que caiu bem para mim.
10. Como estagiei no Tribunal de Contas, minha família me incentivou a tentar um concurso público. Aceitei o desafio e me dediquei apenas ao estudo. Porém ser um funcionário público não estava nos meus planos e a dedicação durou apenas um mês. Isso fez com que muitos amigos e familiares desacreditassem no meu futuro profissional. Para eles, eu não gostava de estudar e não teria muitas chances para ser bem sucedido na vida.
11. Graças ao meu tio Aldo conheci o segmento de vendas. Ele me indicou para trabalhar na loja de cosméticos de um amigo dele. Meu primeiro emprego na área de vendas foi na Kátia Perfumaria.
12. Na época, desenvolvi um trabalho que não existia ainda no Espírito Santo: o de vendas de cosméticos porta a porta. Meu preço era até mais alto do que o da loja fixa e para convencer os clientes a comprarem comigo, tive que construir meu diferencial. Qualidade no atendimento e consultoria especializada fizeram com que eu me tornasse referência no setor.
13. Fiz um curso de cabeleireiro para poder entender e me comunicar melhor com os meus clientes. Sim, eu sei fazer uma escova!
14. Organizei o primeiro congresso para profissionais de Beleza no Espírito Santo. A ideia da capacitação como diferencial competitivo sempre foi uma marca em minha carreira.
15. Em função de problemas administrativos a empresa de cosméticos quebrou e eu quebrei junto com ela. Estava novamente desempregado. Mais uma vez, meu tio Aldo apareceu na jogada e por intermédio dele consegui uma oportunidade em uma pequena imobiliária. Mal sabíamos que estaria ali a grande paixão da minha vida.
16. Sou grato ao meu tio Aldo e a minha tia Alice. Eles foram verdadeiros anjos na minha vida, sempre me ajudando nos momentos mais difíceis. Contar com o apoio de pessoas que acreditam em você e que querem sempre o seu melhor é o que nos faz seguir em frente.
17. Comecei no mercado imobiliário como muitos corretores: inexperiente, acreditando ser uma oportunidade temporária enquanto não aparecia nada melhor e com a falsa impressão de que ganharia muito dinheiro de maneira rápida e fácil.
18. A primeira imobiliária em que trabalhei era uma empresa familiar. Fui contratado por uma das irmãs que gerenciava a empresa. Nem todos os envolvidos na gestão dos negócios da família ficaram satisfeitos com a minha chegada. Um dos irmãos chegou a chamar esta gestora de louca pelo fato dela ter me contratado sem qualquer experiência na venda de imóveis.
Contar com o apoio de pessoas que acreditam em você é o que nos faz seguir em frente.
19. Fiquei nesta imobiliária por três anos e com muita obstinação me tornei líder em vendas.
20. Por motivos pessoais saí do Estado e morei em Porto Alegre por seis meses. Quando retornei, o irmão, que anteriormente havia chamado a minha gestora de louca, me deu a oportunidade de trabalhar com ele, pois já tinha boas referências da minha atuação como corretor.
21. Nesta segunda imobiliária passei meus primeiros 90 dias sem vender e já estava quase sendo convidado a me retirar, quando consegui converter uma venda muito difícil. Pude respirar novamente no mercado imobiliário.
22. Nesta mesma imobiliária, uma das maiores e mais respeitadas do Espírito Santo, fui gerente, diretor e sócio.
23. Fiz meu primeiro milhão com 32 anos.
24. Sou tarado por dinheiro. Gosto das conquistas que o dinheiro me proporciona. Entretanto, aprendi que o dinheiro é o meio e não fim das coisas. Não é nele que deposito minhas crenças e sonhos.
25. Em novembro de 2011, escrevi o primeiro post para o blog guilhermemachado.com. Nascia neste momento uma das maiores paixões da minha vida. Também começava a germinar a semente de uma das grandes transformações da minha carreira.
26. Sempre gostei de compartilhar conhecimento, pois senti na pele as dificuldades de procurar por um conteúdo específico sobre o mercado imobiliário e muitas vezes não encontrar. Isso me assustava e prejudicava o alcance dos objetivos que eu buscava. Muito do que eu aprendi foi à base de muitas frustrações e erros. É isso que compartilho no blog: minhas experiências de mais de 15 anos de mercado imobiliário.
27. Nunca tive carteira assinada e aos 36 anos tomei a decisão mais difícil da minha vida. Muitos me chamaram de louco quando resolvi deixar a sociedade da imobiliária para fazer algo totalmente novo.
28. Em 2012, abri minha própria empresa com foco em capacitação. Por quê? Eu tenho um sonho de desenvolver a carreira do profissional do mercado imobiliário e elevá-la aos patamares de valorização e especialização que o segmento precisa.
29. Sou gago, falo rápido e não há coisa pior para mim do que quando pedem para repetir algo que já foi dito. Todavia, esta limitação não me impediu de levar minhas palestras para todo o Brasil. A comunicação com os profissionais é o meu principal negócio.
30. Sou precursor do Movimento Quebre-Regras. Acredito que os profissionais QR podem muito mais, podem revolucionar suas práticas através de atitudes diferenciadas e que não precisam ser necessariamente novas, mas apenas diferentes. Este é o meu posicionamento, é a forma como vivo.
31. O que me motiva a levantar todos os dias para trabalhar é poder interagir com profissionais de todo o Brasil, não só do mercado imobiliário, mas do segmento de vendas de uma forma geral que hoje se inspiram em nossas experiências para alavancar os seus resultados, promover a capacitação e aprender um pouco mais a cada dia com as pessoas que se relacionam comigo diariamente através do guilhermemachado.com.
32. Namorei apenas 9 meses com a minha esposa (Hinglyd) e neste ano completo dois anos de casado. Tenho certeza de que ela é a mulher da minha vida.
33. Moramos eu, minha esposa e o nosso bulldog inglês, o Brad. Para este ano estamos tentando aumentar nossa família. Queremos muito ser pais.
34. Creio em Deus e busco na experiência pessoal com Ele as forças necessárias para continuar na caminhada.
35. Acredito que as pessoas se tornam eternas pelas marcas que elas deixam ao longo de sua vida e na relação que constroem com o outro. Eu tenho o sonho de ser eterno no legado que deixarei das ideias que compartilho.
PS.: Este é um texto inspirado no artigo do Flávio Augusto, publicado no blog Geração de Valor.
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Obrigado pela exposição.
Que Deus continue o abençoando.