Nem mesmo a grande oferta de imóveis novos em São Paulo fez os preços praticados no mercado imobiliário paulista caírem em 2013. Pelo contrário.

Segundo levantamento do Secovi-SP (sindicato da habitação), o aumento nos valores da casa própria tem sido três vezes maior em relação a alta anotada ao término de 2012.

Nos últimos 12 meses, a variação nos preços reais, descontado o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), foi de 10,4% na capital paulista, praticamente o triplo do crescimento de 3,2% registrado no último mês de dezembro ante 2011. Em dez anos, o aumento real já alcançou 44%.

Para os profissionais da entidade, a concentração de lançamentos de imóveis de um e quatro dormitórios em bairros centrais da cidade contribuiu para que os preços continuassem subindo no decorrer do ano.

“Os preços subiram porque houve uma concentração de lançamentos no chamado centro expandido. Nesta região, os terrenos são mais caros, pois há um maior número de empresas por habitante e uma maior concentração de eixos estruturantes [metrô, por exemplo]. Então, isso tem um grande peso neste aumento”, avaliou Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi.

Os custos para se construir um apartamento na principal cidade do país também são outra justificativa para o crescimento dos valores dos imóveis residenciais, já que as construtoras repassam todos os gastos a mais para o consumidor.

De acordo com balanço da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), o preço médio do metro quadrado por área útil passou de R$ 7,2 mil (em 2012) para R$ 8,2 mil (em 2013) nos imóveis verticais novos em São Paulo.

“Os preços dos imóveis estão chegando a valores muito elevados e, às vezes, até proibitivos”, completou Emílio Kallas, vice-presidente de incorporação imobiliária e terrenos urbanos do sindicato.

A alta nos preços chegou até a gerar um recorde histórico de VGV (Valor Geral de Vendas) em São Paulo. O VGV comercializado no período de janeiro a setembro de 2013 foi de R$ 14,5 bilhões, o melhor resultado entre os nove primeiros meses desde 2004.

A quantia acumulada até o último mês de setembro, inclusive, é o equivalente ao total comercializado em todo o ano de 2012.

Ainda segundo o Secovi, nos primeiros nove meses de 2013, foram lançados 21,2 mil imóveis, quantidade 25% maior que o mesmo período do ano passado. A expectativa é de que 33 mil unidades sejam lançadas até o fim do ano, marca acima da média histórica de 31,5 mil na cidade.

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Post originalmente publicado em Zap Imóveis.

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