SÃO PAULO  –  Não há riscos de bolha imobiliária no Brasil, porque o cenário do país é muito diferente daquele dos Estados Unidos há alguns anos, considerou o vice-presidente de economia do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-SP), Eduardo Zaidan. Não há, por exemplo, de acordo com Zaidan, descasamento do valor do imóvel com o do financiamento, e a segunda hipoteca não é comum.

Na avaliação da coordenadora de projetos de construção da Fundação Getulio Vargas (FGV), Ana Castelo, o que ocorre são micro bolhas, em mercados em que um grande número de investidores comprou imóveis na planta com o objetivo de revendê-los com expressiva valorização quando fossem concluídos. “Onde a bolha foi mais forte, chegou a estourar, como é o caso de Brasília”, disse a representante da FGV. Brasília é um dos mercados em que o setor registrou maior volume de estoques.

Conforme Zaidan, os preços dos imóveis vão subir de acordo com a inflação média e com a produtividade da renda real, em 2014, e não tanto quanto no passado. “Ainda aposto num vigor para 2014 no mercado imobiliário em São Paulo e no Rio de Janeiro”, disse Zaidan.

O presidente do Sinduscon-SP, Sergio Watanabe, citou que já ocorreu a fase de excesso de estoques em São Paulo e que os lançamentos estão voltando a crescer. “O mercado imobiliário é muito resistente. Não vai ocorrer queda nominal de preços”, disse Watanabe.

Em relação ao programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, o presidente do Sinduscon-SP afirmou que não há previsibilidade do que irá ocorrer após as eleições. “O governo entende que não precisa dar essa previsibilidade para o investidor”, disse Watanabe. Segundo ele, essa é a razão pela qual não há empreendimentos imobiliários no Brasil no porte dos que ocorrem no México.

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Você se lembra?

Publicamos em 10 de Setembro um artigo analisando da mesma forma o setor Imobiliário a respeito da tão falada e temida bolha. Confira a opinião de Guilherme Machado sobre a bolha imobiliária no Brasil.

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Post originalmente publicado em Valor Econômico.

 

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