SÃO PAULO – A elevação dos preços dos imóveis no Brasil não se configura como uma bolha imobiliária, reafirmou o vice-presidente do SindusCon-SP (Sindicato da Construção), Eduardo Zaidan, durante a Reunião de Conjuntura Econômica da entidade.

Segundo ele, nos últimos anos houve uma reacomodação dos preços dos imóveis, que estavam muito deprimidos. “Não há bolha, uma vez que a subida dos preços se deu em função do aumento do financiamento imobiliário e da renda das famílias, o que elevou a demanda qualificada”, explicou.

Zaidan ainda afirmou que, ao contrário dos Estados Unidos, o País não tem um sistema de sucessão de financiamentos com base em hipotecas, no qual o mesmo proprietário adquire diversos imóveis.

Além disso, o vice-presidente acredita que a tendência para este ano é que a evolução dos preços dos imóveis acompanhe mais de perto a variação da inflação. Desvalorização  O IVG-R (Índice de Valores de Garantia de Imóveis Residenciais Financiados) teve uma desaceleração, sendo que a taxa de 12 meses do indicador, que havia chegado a 25,46% em janeiro de 2010, tem caído gradativamente, chegando a 9,42% em outubro do ano passado.

Para a coordenadora de estudos da construção da FGV (Fundação Getuilo Vargas), Ana Maria Castelo, a queda de preço dos imóveis registrada, principalmente em regiões de Brasília e Salvador, está relacionada a uma produção superior à demanda qualificada; um grande número de investidores adquiriu imóveis na planta com a expectativa de valorização na entrega, o que acabou não acontecendo.

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Post originalmente publicado em InfoMoney.

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