Imobiliárias, bancos, corretores e outros agentes do mercado de imóveis foram positivamente surpreendidos em 2013. As previsões indicavam que o setor cresceria em torno de 10% a 15% no período, contudo, pesquisas do Secovi apontaram que de janeiro a outubro as vendas de unidades residenciais na cidade de São Paulo cresceram 31% no ano passado, na comparação com igual período de 2012. Os lançamentos tiveram alta de 24% e o VGV (Valor Geral das Vendas) foi 41,4% maior.

Todo esse crescimento foi puxado por diversos fatores que superaram as expectativas e apresentaram números inéditos. Claudio Bernardes, presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo), cita o grande sucesso dos lançamentos de moradias de um dormitório, que conquistaram, especialmente, o público paulistano. A demanda por imóveis desse perfil – que são mais caros para se construir – aumentou em 200% nos 10 primeiros meses de 2013, segundo a entidade.

Bernardes destaca que o crédito imobiliário, um dos pilares para este crescimento do mercado, bateu recorde de contratações no ano passado. Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), os financiamentos alcançaram a marca dos R$ 109,2 bilhões em 2013, com aumento de 32% em relação ao ano anterior, estabelecendo assim uma nova marca histórica.

Fabiano Neaime, diretor da Qualitty Imóveis, menciona o aumento do limite de saque do FGTS para a aquisição do imóvel como um acontecimento que surpreendeu o setor. Para ele, havia no Brasil uma demanda reprimida de pessoas que possuíam um FGTS no valor satisfatório, mas que não conseguiam comprar imóveis, por conta da alta dos preços. As unidades custavam mais do que o cidadão podia pagar, não pelo valor em si, mas pelo limite do saque.

Em outubro de 2013 o governo federal decidiu elevar o valor máximo de compra de imóveis com recursos do FGTS de R$ 500 mil para R$ 750 mil nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal. Nos demais, passou a valer a regra dos R$ 650 mil.

Segundo Neaime, as pessoas conseguiram comprar imóveis que se adequaram às suas necessidades, o que gerou aumento de vendas, principalmente de apartamentos de um e três dormitórios, levando em consideração o mercado em que a Qualitty Imóveis atua, como a Zona Sul de São Paulo. “Nesta região, com o valor de R$ 500 mil, era possível comprar um apartamento de um dormitório. Agora, com o saque maior, é possível comprar um de dois. Isso girou o mercado”, conta o diretor.

Além disso, o crédito imobiliário também registrou ótimos resultados em 2013. Tanto que entre janeiro e dezembro do ano passado, os financiamentos imobiliários alcançaram R$ 109,2 bilhões, estabelecendo um novo recorde histórico, com aumento de 32% em relação ao ano anterior. “O crédito imobiliário no País apresentou um crescimento muito significativo em 2013. Em agosto passou o crédito pessoal e retomou o seu posto de carteira de crédito mais importante do Brasil”, conclui o presidente da Abecip Octavio Lazari Junior.

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Post originalmente publicado em Zap Imóveis.

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