Nos últimos seis anos, o mercado imobiliário e a economia do país viveram uma união perfeita. Ao mesmo tempo em que havia facilidade para a compra da casa própria, com o crédito fácil e taxas de juros sedutoras, a construção civil trabalhava a todo vapor, concretizando os anseios dos consumidores e investidores. Nos anos de 2007 e 2008, a procura maior foi por apartamentos de quatro dormitórios. Agora, os imóveis da vez são os compactos de alto padrão localizados em bairros nobres, com destaque especial para os empreendimentos mixed-use, uma espécie de flat rejuvenescido.
De acordo com Luiz Paulo Pompéia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), cerca de 7 mil unidades de um dormitório foram lançadas somente no ano passado. “Foi o ano de maior número de lançamentos deste segmento na história do setor”, revela. As justificativas para este fenômeno são muitas, entre elas a redução do tamanho da família brasileira, o maior número de solteiros convictos, viúvos, casais com filhos adultos que venderam o imóvel grande e se mudaram para um menor, e a articipação do público homossexual. “As construtoras que pensarem em produtos voltados para este público terão muita ascensão nos próximos anos”, diz Pompéia.
Araújo, superintendente de Vendas da Helbor, concorda com a opinião do diretor da Embraesp, e também garante que “os apartamentos amplos estão saindo de cena para dar espaço a empreendimentos mixed-use que reúnem apartamentos, salas comerciais, hotéis, flats e centro comercial”. “Recentemente, o antigo Ca’d’oro dos anos 1950, localizado na região central de São Paulo, ganhou duas torres, uma residencial e outra comercial, que também abriga uma nova versão do hotel. Este modelo foi um sucesso de vendas e promete conquistar terras até 2013”, conta Araújo.
A Esser também tem diversos produtos de grande aceitação neste segmento. Os imóveis compactos das construtoras estão preferencialmente em bairros atendidos pelo metrô e regiões ricas ou em ascensão. “Lançamos produtos em áreas nobres de São Paulo, como Vila Madalena, Cerqueira César, Alphaville e no município de Santo André. Estamos estudando ingressar nas regiões de Vila Prudente e Largo 13 de Maio, Santo Amaro”, comenta Nick Dagan, diretor de incorporação da Esser.
Por outro lado, os empreendimentos econômicos vão continuar impulsionando o mercado imobiliário. Para o diretor da construtora MBigucci, Marcos Bigucci, “a demanda continuará intensa, pois há muitos brasileiros querendo abandonar o aluguel para realizar o sonho da casa própria”. Segundo a Câmara Brasileira da Construção Civil (CBIC), em 2012 os brasileiros devem ter R$ 160 bilhões em crédito imobiliário para adquirir seu imóvel.
O conteúdo original dessa notícia foi publicada no portal CRECI-ES
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