Confira as dicas que irão te ajudar na aquisição do imóvel a partir do seu 13º salário. A sua hora chegou! Esse conteúdo é publicado sob a licença Attribution-Noncommercial-No Derivative Works 3.0 Unported.

SÃO PAULO – Mais de 84 milhões de trabalhadores vão receber, parte ou integral, o 13º salário. Ao todo, o abono deve injetar R$ 158 bilhões na economia brasileira, segundo apontou o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). E como isso pode te ajudar na aquisição do imóvel?

Com o dinheiro extra em mãos, muitos já começam a planejar viagens, compras de fim de ano e presentes. Mas é possível utilizar a bonificação na compra da casa própria. Para auxiliar os brasileiros que acabaram de fechar o negócio ou estão à procura de um imóvel, a AMSPA (Associação dos Mutuários de São Paulo e a Adjacência) listou oito informações que podem ajudar nesta etapa. Confira:

1. Usar o 13º na entrada da aquisição do imóvel. O dinheiro extra, junto com as economias, caso haja, pode ser útil na diminuição do valor do financiamento. Mas é preciso avaliar com calma porque, em muitos casos, o compromisso de pagar as parcelas chega até 35 anos. É aconselhável o consumidor dar um sinal no menor valor possível, e assim ganhar tempo para verificar as condições do imóvel e se irá conseguir crédito.

2. Quitar o imóvel adquirido na planta. Segundo a associação, não é aconselhável quitar o imóvel adquirido na planta na hora de fechar o negócio, pois é uma forma de se proteger quanto ao atraso na obra. Neste caso, o melhor é guardar o 13º salário e usá-lo apenas depois de receber as chaves.

3. Pagar prestações. Quem pretende pagar as prestações que estão para vencer fará uma boa alternativa. Usar a gratificação de Natal na amortização antecipada reduzirá o saldo devedor e, consequentemente, provocará o recálculo da prestação e diminuirá as parcelas futuras da aquisição do imóvel. Já nas situações para quitar o financiamento é recomendado negociar com a financeira e pedir um desconto do valor ou abater os juros.

4. Pagar as parcelas atrasadas. Outra opção é usar o dinheiro extra para pagar as parcelas atrasadas e evitar a perda da casa própria. No SFH (Sistema Financeiro da Habitação), após a falta de pagamento de três prestações, o dono do imóvel é notificado por escrito. Se não quitar o débito, perderá o bem, mas poderá recorrer à Justiça. Já no SFI (Sistema Financeiro Imobiliário), se o atraso for superior a 30 dias, o mutuário é intimado a pagar via Cartório de Registro de Imóveis. Caso não o faça no prazo de 15 dias, o banco imediatamente tomará a posse do bem e o levará ao leilão extrajudicial, situação na qual o comprador não tem direito à qualquer defesa.

5. Faça um fundo de reserva. A quantia recebida pode ser útil para fazer um fundo de reserva, que servirá para pagar despesas extras na aquisição da casa própria, que inclui o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano do imóvel), o ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis), que gira em torno de 2% sob o valor do bem, dependendo do município, o registro da escritura, que garantirá a propriedade como sendo do novo comprador que é cobrada em media de 1%, e as certidões emitidas pelo cartório, que são cobradas de acordo com o valor da moradia.

6. Pague os serviços e taxas da aquisição do imóvel. No caso de uma casa ou apartamento que for financiado, o 13º é bem-vindo para custear o serviço do despachante, valores de seguros e taxas sobre a avaliação do imóvel e de outras documentações necessárias nesse processo.

7. Parcela das chaves. O abono pode ser uma boa solução para o pagamento da parcela das chaves, na reforma do imóvel e na compra de móveis.

8. Planejamento em primeiro lugar. Antes de fazer o investimento, é fundamental reunir a família e colocar as contas na ponta do lápis. Somente assim é possível definir qual é a melhor solução, o que inclui avaliar o custo/benefício, além de verificar se as prestações não vão comprometer mais do que 30% da renda familiar. Outra precaução é pedir uma planilha do banco com a projeção de todas as parcelas do financiamento, incluindo as taxas extras e os seguros que compõem a prestação.

“Seja qual for a opção para usar o 13º salário, lembre-se que um bom planejamento é fundamental para começar 2015 sem dívidas e, principalmente, manter as prestações do financiamento em dia”, reitera a associação.

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Post originalmente publicado em InfoMoney

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