Os lançamentos de imóveis no Brasil devem mostrar alguma recuperação no segundo semestre de 2015. Confira mais detalhes nesse post! Boa leitura! Esse conteúdo é publicado sob a licença Attribution-Noncommercial-No Derivative Works 3.0 Unported.

Rio de Janeiro – Os lançamentos de imóveis no Brasil devem mostrar alguma recuperação no segundo semestre de 2015, depois de um ano que mostrou maior seletividade das empresas para novos empreendimentos, descontos agressivos e vendas mais tímidas.

Os primeiros seis meses do próximo ano ainda deverão ser marcados por maior cautela de companhias do setor devido aos ajustes que deverão ser implementados pela nova equipe econômica do governo federal, de acordo com o diretor-executivo da Associação Brasileira de Incorporadoras (Abrainc), Renato Ventura.

“A partir do segundo semestre achamos que, aí sim, se espera um cenário de maior crescimento dos lançamentos, depois da maturação dos tais ajustes econômicos”, disse o executivo à Reuters.

O ano de 2014 foi marcado pelo foco na venda de estoques de imóveis das companhias, que foram mais agressivas em relação a anos anteriores em descontos e ações promocionais. O estoque elevado se deu por um maior nível de entregas de projetos este ano, encerrando um ciclo de construção iniciado em 2010, disse Ventura.

Ao final do terceiro trimestre, o estoque a valor de mercado de seis empresas listadas no Ibovespa – Rossi Residencial, Cyrela, Gafisa, Even, MRV e PDG Realty – era de 17,7 bilhões de reais, 24,3 por cento abaixo dos 23,4 bilhões de reais registrados ao final de março.

Em 2010 e 2011, o setor atingiu um pico de lançamentos, e depois muitas empresas tiveram que lidar com problemas como aumento de custos e cancelamento de vendas, o que acabou levando a prejuízos e necessidade de reestruturação, caso de companhias abertas como Rossi e PDG. “(Em 2014), o que se teve foi um comportamento mais cauteloso do comprador.

As empresas acabaram sendo mais seletivas nos lançamentos, aprofundaram conhecimento dos mercados, buscaram analisar estoques, inovar em produtos e tiveram oportunidades de melhorias operacionais importantes”, disse o executivo. Segundo dados do Secovi, sindicato de habitação de São Paulo, o mercado mais representativo do país, as vendas de unidades residenciais novas na capital paulista caíram 44,7 por cento no acumulado do ano até outubro e os lançamentos recuaram 16,1 por cento sobre o mesmo período de 2013.

De acordo com Ventura, apesar da melhora prevista com a estabilização das entregas e estoques menores, as empresas se manterão seletivas nos lançamentos no país, assim como deverão manter o foco na venda dos imóveis prontos ou já lançados.

Para o executivo, imóveis voltados para baixa renda ainda têm bastante filão de mercado, com a disponibilidade de crédito na economia, além de enxergar uma “dinâmica favorável” para lançamentos de imóveis de dois e três dormitórios.

Minha casa minha vida 3

Mesmo com a mudança para uma equipe econômica com perfil mais ortodoxo, Ventura não vê alterações na implementação da terceira edição do programa habitacional federal Minha Casa Minha Vida (MCMV). Ao lado da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a Abrainc representa a indústria nas negociações com o governo federal sobre a terceira edição do programa.

“As indicações que a gente tem são bastante positivas. Foram anunciadas 350 mil unidades para a transição que começa no início do ano. A terceira fase do programa está sendo discutida e deve ser anunciada nas próximas semanas”, disse Ventura.

O setor imobiliário quer aumento de cerca de 15 por cento nos valores das faixas de renda na nova edição do programa, além da criação de uma categoria intermediária.

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Post originalmente publicado em Exame

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