O Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário) elevou sua expectativa para o crescimento das vendas de imóveis novos na capital, de cerca de 5% para 30% em 2013.
Vendas de imóveis novos em SP crescem 46% no 1º semestre
A revisão ocorreu depois que o mercado imobiliário no primeiro semestre surpreendeu, e apresentou um resultado superior ao esperado.
Segundo o Secovi, as vendas de imóveis no primeiro semestre de 2013 cresceram 46% em relação ao mesmo período do ano passado.
A estimativa é que sejam vendidas 35 mil unidades em 2013, ante 27 mil de 2012. A previsão no início do ano era de que seriam vendidas 28 mil unidades neste ano.
A revisão também ocorreu para o número de lançamentos. Segundo o Secovi, 33 mil unidades devem ser lançadas neste ano, ante 28,5 mil do ano passado, um crescimento de 16%, ante 10% da última previsão (31 mil novas unidades).
A alta ocorre em um momento de pessimismo com a economia, em que as revisões de crescimento do PIB estão sendo revisadas para baixo. Segundo o último boletim Focus, a economia deve fechar o ano com crescimento de 2,21%.
“A percepção da economia é diferente do que ocorre na economia real. Nos podemos estar mais negativos do que a economia real, e isso é o que aconteceu no mercado imobiliário no primeiro semestre”, afirma Celso Petrucci, economista do Secovi.
Mas outro fator importante explica o resultado: a prefeitura aumentou em 22,2%, segundo o sindicato, a aprovação de plantas.
“Foi implantando o licenciamento eletrônico ano passado, que não funcionou e represou a aprovação. Voltaram atrás e isso destravou o processo”, afirma Claudio Bernardes, presidente do Secovi-SP.
APARTAMENTO MENOR
Os apartamentos de dois dormitórios ainda representam a maioria dos lançamentos na capital, mas o maior crescimento ocorreu no segmento de um dormitório. As vendas deste tipo de apartamento cresceram 330%.
Segundo Petrucci, o dado pode ser explicado pela alta geral no preço dos imóveis. O comprador do apartamento de dois dormitórios muitas vezes opta por reduzir o tamanho do imóvel, mas manter a localização em áreas centrais, próximas aos polos de emprego.
Por isso, a maior parte dos lançamentos desse perfil ocorreu na área do centro expandido, enquanto o lançamento de apartamentos maiores foi mais espalhado pelo território da capital.
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A metrópole cosmopolita e seus números fantásticos! Mas… alto lá! Essa não é a realidade do país. Importante a leitura pois,são números na área de lançamento. Gostaria que você Guilherme, e equipe, quando possível fizessem o mesmo estudo na área de seminovos (usados) vai ser muito interessante para todos. Abraço grande!
Ary,
Acredito que é fundamental para um corretor de imóveis estar atento aos movimentos do mercado, buscando informações não só da sua própria região, mas também de outras localidades. Isto nos dá “bagagem crítica” para analisar mais profundamente a realidade do cenário em que vivemos e assim aprimorarmos as nossas práticas. Por isso, achei relevante compartilhar esta análise que foi publicada no site Lugar Certo.
Agradeço imensamente a sua participação e também a sugestão, já colocamos em nossa curadoria de conteúdo.
Um forte abraço meu parceiro.